Carne de Porco é SAUDÁVEL

A carne de porco é muito saudável!

O cardápio dos chiqueiros modernos inclui ração de milho e farelo de soja, com vitaminas e minerais. Nada de lavagens.

Devido a isso a carne suína ganhou teores mais brandos de gordura e uma porção de micronutrientes vantajosos ao corpo humano.

"No passado, um animal bom para o abate pesava cerca de 300 quilos. Hoje ele não passa dos 90", conta o zootecnista Elsio Figueiredo, da Embrapa Suíno e Aves, em Santa Catarina.

Todas essas mudanças renderam uma redução de 31% na gordura, 14% nas calorias e 10% no colesterol.


Muito além do sabor e da textura marcantes, os cortes suínos abundam em vitaminas, potássio, zinco e ferro. "E suas proteínas têm alto valor biológico, renovando as fibras musculares do nosso organismo", diz a nutricionista Renata Alves, do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, em São Paulo. As vitaminas do complexo B prezam as atividades cerebrais, enquanto o potássio regula a pressão e o zinco fortalece as defesas.

 

1.Frango - Coxa de frango: tida como magra, ela perde para o lombo por ter mais calorias e colesterol.

2. Boi - Miolo de alcatra: ganha do lombo na presença de ferro e colesterol, mas tem menos proteína.

3. Porco - Lombo Suíno: é a parte mais sequinha do porco. Dá para consumi-lo até duas vezes por semana.

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Tá na Mesa

A reportagem "#Semdesperdício", desta Folha de Londrina (Folha Mais, edição 2 e 3 de junho) leva a uma reflexão fundamental: a forma como nos alimentamos é essencial para melhor qualidade de vida. Não se trata apenas de clichê nem de relação com resultados individuais. A cadeia alimentícia tem consequências imensuráveis, seja para a saúde de cada consumidor, seja para o ambiente como um todo. Fato é que essas implicações podem ser positivas ou se traduzirem nos piores dos malefícios. Dois destaques negativos podem, e devem, ser minimizados quando se fala de alimentos no Brasil: o desperdício e a alimentação inadequada. 

Mais de um bilhão e trezentas mil toneladas de alimentos, um terço da produção, é desperdiçado anualmente no mundo. No Brasil, são quase 30%, ou 41 mil toneladas da produção diária. Frutas, hortaliças e alimentos processados que embora próprios para o consumo são descartados, em toda a cadeia, desde a produção ao consumo. A mudança necessária, ainda tímida, aparece no comportamento das centrais de abastecimento. Através de uma triagem dos alimentos, destinam-se os impróprios para o descarte sustentável e aqueles, geralmente com pequenas imperfeições, ainda próprios para o consumo são doados para instituições de caridade. Outros exemplos dignos de nota são o Mesa Brasil – Sesc, Save Food, Favela Orgânica e o Fruta Imperfeita. 

Em comum buscam mais que atender comunidades carentes, buscam disseminar a mudança de comportamento de forma a se atingir um consumo consciente. Não raro se confunde o consumo consciente com a preocupação individual de evitar certos alimentos. Evita-se, por exemplo, campeões em resíduos de agrotóxicos e pesticidas como pimentão, morango e pepino que tenham sido produzidos de modo convencional e os substitui por alimentos orgânicos. 

Mas, se por um lado os agrotóxicos são a segunda causa de intoxicações no País, a primeira é o uso indiscriminado de medicamentos. O que implica dizer que tal mudança de comportamento precisa ser maior. Precisa passar pela compra planejada e não impulsiva, o que evitará produtos desnecessários. Conhecer as práticas de responsabilidade social e ambiental das empresas das quais consome. Nesse contexto, o equilíbrio nutricional, especialmente em relação às calorias, e com destaque para a harmonia entre sal, gorduras e açúcar, leva à redução da obesidade e ao melhor controle do peso, controle do diabetes e melhor funcionamento cardíaco entre inúmeras benesses. 

Entretanto, não por acaso, consumir é definido como "um ato político", e deve levar à reflexão sobre os impactos para o meio ambiente e para a sociedade como um todo. O Brasil é um dos líderes da produção mundial de alimentos, mas igualmente e infelizmente também do desperdício e, ainda, líder mundial no uso de agrotóxicos. Uso excessivo que visa principalmente ao aumento da produção, o que ocorre a um custo de enorme degradação ambiental. A mudança de comportamento também precisa ocorrer na produção, na distribuição, no estoque, no processamento e não apenas no consumo. 

Os agrotóxicos estão diretamente relacionados ao conjunto de doenças que representam a segunda causa de mortes no País – cujos índices de acordo com a OMS, Organização Mundial da Saúde, devem aumentar em 15% entre 2016 e 2020. Quanto à alimentação, mais de metade dos brasileiros estão com sobrepeso e 20% são obesos – fator de risco para doenças cardiovasculares: a principal causa de mortes no País, com quase 30%. Também as mortes por diabetes superam em mais de quatro vezes aquelas causadas pela AIDS. Superam inclusive os índices de óbitos causados no trânsito. Não mudar o comportamento significa alimentar, além dessas doenças, o câncer e o desperdício. 

Uma versão da brincadeira infantil "a dança das cadeiras" traz: lá em cima do piano tem um copo de veneno / quem bebeu, morreu / o culpado não fui eu / foi aquele que bebeu. Diferentemente do jogo, a melhor qualidade de vida, a vida em si, não pode ser mero jogo de sorte ou azar. Consumir, alimentar-se, é um ato político. E, como na política, se você não está satisfeito com as suas escolhas, lembre-se de que são suas escolhas. O mercado está cada vez mais preparado para nos atender, as opções estão na mesa, mas as escolhas são nossas. 

Reginaldo José da Silva, biólogo, pós-graduado em Análise Ambiental e Biogeografia, e policial militar em Londrina 

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SÓ UM TIQUINHO DE CAFÉ

SÓ UM TIQUINHO DE CAFÉ 

Sabe aquela paixão que vira amor? É assim a nossa relação com o café. Você nem percebe em que momento isso acontece. E, quando menos espera, ele já faz parte da sua vida. Essa bebida que nos dá disposição, que é indispensável nos encontros com os amigos e ótima companhia nos momentos daquela boa solidão. As origens determinam os aromas e sabores, que são mais de 100, incluindo os frutados, florais e amendoados. Quanto mais complexa e exótica for a combinação dos atributos, mais valorizado será o café. 

De obra do diabo a bebida cristã no final do século XVI, o café também passou de vilão a mocinho nas últimas décadas. Atualmente, é considerado um alimento funcional com propriedades nutracêuticas.

 O consumo moderado de café, de 3 a 4 xícaras por dia, pode prevenir depressão, reduzir risco de alguns tipos de câncer, diabetes, Parkinson, Alzheimer, asma, cálculos renais e obesidade, entre outras doenças. Além disso, é um importante aliado para aumentar o desempenho em exercícios físicos, concentração e capacidade de aprendizado. Tudo comprovado cientificamente. 

Para as mulheres, uma ótima notícia: chega de gastar uma fortuna em cremes anti-idade. Beba um espresso. Beba vários! Este tipo de bebida está entre os alimentos com maior capacidade antioxidante, retardando o envelhecimento celular. Quer saber mais um benefício? Assim como o sexo, aquele cheiro bom do café atua em regiões do cérebro ricas em dopamina, responsáveis pela sensação de prazer e bem-estar. Entendeu porque aquele “HUMMM!!!” sai involuntariamente? 

Mas nem todo café é bom e faz bem. O Brasil é o principal produtor mundial do grão, é também o segundo maior consumidor. Mas, estima-se que apenas 2,6% dos cafés consumidos no país são considerados especiais. É comprovado que a possibilidade de ocorrência de substâncias contaminantes é mais elevada em cafés de baixa qualidade. Como é o caso da ocratoxina, uma micotoxina que está associada à ocorrência de câncer. 

E como escolher um bom café? Infelizmente, não existe no país uma legislação que defina o padrão de classificação, com os requisitos de identidade e qualidade para café torrado e moído e torrado em grão. Por este motivo, o que vem escrito nos rótulos pode não ser verdadeiro, e não há o que fazer. Então, uma dica importante é optar por cafés com torra média, pois este tipo de torra ressalta os atributos positivos dos bons cafés, enquanto que torras forte e extraforte ajudam a mascarar o gosto ruim de cafés de baixa qualidade. Sempre nos venderam a ideia de que cafés com torra forte ou extraforte são os bons e que, inclusive, que rendem mais. Na verdade, essa é a melhor estratégia de venda dos cafés ruins. 

Eu passaria horas, dias, semanas, meses e anos escrevendo sobre essa bebida que me envolve do campo à xícara. Mas hoje foi só um tiquinho. Preciso dar uma pausa no texto, pois ainda tenho muito que aprender, muito a experimentar. O café é um mundo incrível a ser desvendado. E isso me fascina! 

Patricia Santoro, pesquisadora em cafeicultura no Instituto Agronômico do Paraná. 

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